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UX Writing: vagas de emprego, melhores portfólios e como se destacar na profissão

Se você chegou aqui neste artigo, provavelmente despertou algum interesse por UX Writing – mesmo que ainda não saiba muito bem o que é -, e deve estar querendo saber se há vagas de emprego para quem trabalha nesta área.

Então, logo de cara, já vamos te dar a primeira boa notícia: sim, há uma crescente procura por UX writers no mercado. Na verdade, existe até uma carência de profissionais capacitados para trabalharem na área.

Isso porque, apesar de estarmos rodeados por imagens, seja no Instagram ou em qualquer outro aplicativo, os textos ainda são importantes guias para que o usuário entenda facilmente como realizar uma tarefa no ambiente digital – que pode ser, por exemplo, uma compra, um cadastro ou uma pesquisa.

Mas, para trabalhar com UX Writing, não basta apenas gostar de escrever e ser um mestre nas regras gramaticais. É necessário muito estudo, rascunhos e, principalmente, conhecer muito bem a persona da empresa, pois todos os textos serão criados pensando em ajudá-la, e não confundi-la com palavras difíceis ou períodos longos e cansativos.

Ainda precisa de mais informações? Calma, continue lendo o artigo. Você vai descobrir o que é esse tal “UX Writing”, quais cursos deve fazer e tudo que vai precisar para se capacitar, candidatar-se a uma vaga e conseguir um bom emprego nessa carreira tão promissora. Preparado?!

Índice do artigo

UX Writing: o que é?

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Ilustração: Stories Freepik

UX é a sigla para User Experience – ou Experiência do Usuário, em português. O termo ganhou popularidade lá no início da década de 90, com o cientista cognitivo Don Norman, que na época trabalhava para a Apple.

A partir daí, várias vertentes surgiram para fazer com que a interface dos produtos garantisse a melhor experiência possível para o usuário. Ao entrar num site ou aplicativo, todas as imagens e textos deveriam guiar a pessoa de forma que ela facilmente conseguisse realizar uma tarefa, sem obstáculos.

Você já reparou que quando acessa um site para adquirir um produto, passa por várias páginas antes? E em cada página dessas aparecem textos, mensagens e botões para te levar ao objetivo final. Se a compra for aprovada, uma mensagem de sucesso. Caso apareça uma mensagem de erro, você saberá que aconteceu algum problema.

Os responsáveis por arquitetar todo esse trajeto dentro da interface são os profissionais de UX, e tudo começa num rascunho – muitas vezes feito com papel e caneta mesmo – conhecido como wireframe.

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Imagem: Pexels

Voltando ao significado. Se traduzirmos ao pé da letra, já será possível ter uma boa noção do que quer dizer UX Writing. Como vimos, “UX” é Experiência do Usuário. Já “writing” é a tradução em inglês para “escrita”.

Sendo assim, teremos a “Escrita para a Experiência do Usuário”. E é exatamente esse o objetivo que todo UX Writer (o nome dado ao profissional da área) deve ter em mente.

Diferente do Copywriting, que é a criação de conteúdos focados exclusivamente para conversão e vendas, o UX Writing tem como missão principal guiar os usuários dentro do ambiente digital, por meio de textos mais curtos e objetivos: as microcopies.

Veja como a atual UX Writer do Google, Torrey Podmajersky, descreve a profissão em seu livro “Redação Estratégica para UX” (falaremos mais sobre ele daqui a pouquinho):

“UX Writing não é uma sequência de palavras, sentenças e parágrafos que se sustentam sozinhos. Em vez disso, ele existe para ser o diálogo entre a experiência e a pessoa que a está usando. A experiência conversa com a pessoa com palavras e imagens, e o usuário responde interagindo com os elementos na tela.” 

Todos os títulos, mensagens, formulários, descrições, menus, botões, perguntas frequentes (FAQ) e até mesmo os textos das páginas de erro são pensados nos mínimos detalhes para oferecer uma excelente usabilidade para quem estiver navegando no site ou app da empresa.

Quer exemplos? Vamos lá.

Olhe a página do iFood destinada a parceiros: 

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Textos curtos, linguagem fácil e direta ao ponto. 

Donos de restaurantes e mercados que entram no site geralmente querem saber como fazer para começar a vender na plataforma. E eles conseguem, logo de cara, encontrar as informações necessárias para realizar a tarefa.  

Outro caso, mas agora uma mensagem de erro no aplicativo do Next – fintech do Bradesco.

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Bem mais amigável e esclarecedor do que colocar um “X” vermelho escrito “ERRO” embaixo, né?!

Procurando Vagas de UX Writing: Precisa-se de UX Writers

Se você achava que os textos e menus que via em aplicativos como o Uber e o Ifood eram escritos aleatoriamente por qualquer funcionário, tá enganado. Essas empresas possuem profissionais específicos, UX Writers, que são responsáveis por escolher cada palavra que aparece na tela, com base em vários estudos de comportamento do usuário.

A notificação que sobe para avisar que o seu pedido foi confirmado. O texto que aparece para informar que o pagamento foi aprovado. Tudo isso ajuda a garantir que basicamente qualquer pessoa abra o app e consiga pedir um motorista para o trabalho ou o almoço do dia, sem complicações.

É por esse motivo que as maiores empresas de tecnologia do Brasil e do mundo precisam de UX Writers. É uma profissão extremamente promissora e com carência de profissionais capacitados no mercado.

Falando nisso, a Nielsen Norman Group fez uma projeção de que, até 2050, serão mais de 100 milhões de profissionais de UX.

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Mas se engana quem pensa que é só escrever umas palavrinhas e ganhar dinheiro. 

Não basta escrever bem ou de acordo com a norma culta. O mais importante é que o profissional tenha a habilidade de usar as palavras para guiar outras pessoas na realização de tarefas, da maneira mais clara, amigável e coesa possível, os chamados microtextos.

Ah, e claro, também é preciso gostar muito de escrever, estudar bastante e analisar o feedback dos usuários, pois sempre há espaço para aprimorar a experiência.

Para te ajudar, disponibilizamos aqui no site da Aldeia um local específico para você encontrar vagas disponíveis na área de UX Writing, separadas por filtros. Pode ser a sua chance de iniciar uma carreira de sucesso. Clique aqui e dê uma olhada!

Tendências do mercado de UX Writing

De um modo geral, as empresas já estavam migrando para o ambiente digital, afinal, é este o futuro. 

Mas com o atual cenário de pandemia, o processo teve que ser acelerado. Pense no seu caso: quantas vezes você precisou usar algum aplicativo para pedir comida ou transferir dinheiro nesta quarentena?

Até mesmo as pessoas mais velhas, que costumavam ir pessoalmente aos lugares, tiveram que aprender a usar o aplicativo do banco para pagar contas e as redes sociais para se comunicar com a família.

Para se ter uma idéia, uma pesquisa do Google mostrou que, durante a período de isolamento, 32% dos entrevistados fizeram a primeira compra on-line e que houve um aumento de 329% no interesse por plataformas de conteúdo digital – como o Youtube e Netflix.

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Tá, mas o que isso quer dizer?

Com cada vez mais gente usando as plataformas digitais, a demanda por profissionais que saibam criar interfaces focadas na experiência do usuário aumenta bastante.

Além disso, como vimos na imagem acima, temos novos públicos passando a utilizar os sites e aplicativos para consumo, pessoas com pouca experiência com tecnologias.

E quem melhor do que os UX Writers para guiá-los?

Mais do que nunca, os profissionais de UX vão precisar estudar quem é essa galera que está chegando, analisar quais são as necessidades e dúvidas que esses usuários possuem e criar textos que ajudem os iniciantes.

Os chatbots – softwares que simulam pessoas no atendimento aos users –  continuarão como tendência, mas vão precisar parecer ainda mais humanos e espontâneos.

UX Writing: principais formações que destacam um candidato

Como dissemos, ser um UX Writer vai muito além de apenas gostar de escrever. O profissional geralmente trabalha em uma equipe formada por UX e UI Designers, programadores e engenheiros. Na maior parte do tempo, estará em reunião com essas pessoas, debatendo ideias e sugerindo melhorias para o produto.

Sendo assim, além da habilidade com a escrita, ele também vai precisar ter conhecimentos sobre design, programação, psicologia e outras áreas, para que o staff consiga dialogar entre si e criar uma interface que traga uma excelente usabilidade para o usuário final.

Para entender melhor, se liga no que a Marly Pierre-Louis, UX Writer do Booking.com (um dos maiores sites de reserva de hospedagens do mundo), fala sobre esse ambiente colaborativo:

“Os UX Writers da Booking.com estão integrados a equipes multidisciplinares. Analisamos dados e insights junto com os proprietários do produto, resolvemos problemas lógicos e  condicionais com nossos desenvolvedores e colaboramos de perto com nossos designers para entender as interações desejadas. Juntos, trabalhamos em soluções e recursos. E sempre tente manter a jornada do usuário em mente: De onde eles vêm? O que queremos que eles façam? O que eles querem fazer? Aonde eles vão depois? É isso que eles esperam?”

É claro que uma formação em Jornalismo, Letras, Publicidade ou Psicologia pode ajudar na hora de uma entrevista de emprego como UX Writer. Mas nada impede que uma pessoa sem faculdade, autodidata, fazendo os cursos e lendo os conteúdos certos, consiga aprender exatamente como escrever textos que ajudam as pessoas, monte um bom portfólio e garanta uma excelente carreira em UX Writing.

“E como saber o que escrever para guiar o usuário até o seu objetivo?”

Estudando muito sobre a persona, lendo bastante, trocando ideias com outros profissionais da área e, principalmente, analisando reviews e feedbacks dos clientes.

Se a meta é identificar possíveis soluções de problemas, nada melhor do que ouvir e observar as várias pessoas que utilizam o produto no dia a dia, não é mesmo?

Como criar um portfólio de UX Writing sem experiência

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Imagem: Design Your Way

Se você nunca trabalhou com UX Writing, deve estar se perguntando: “tá, mas como eu faço para montar um portfólio sem ter experiência?”

Para te tranquilizar, saiba que muita gente começa como UX Writer sem nunca antes ter atuado na profissão. Até porque estamos falando de uma área nova, e as empresas sabem que terão dificuldade de encontrar alguém com anos de experiência.

 Então veja o que você pode fazer para montar um portfólio legal:

  1. Coloque textos escritos por você

Você tem um blog? Já trabalhou como redator publicitário? Atuou como jornalista em alguma empresa? Então reúna os seus melhores conteúdos e use como portfólio.

Com eles, os possíveis contratantes terão uma boa noção se você realmente escreve bem e, a partir daí, já é meio caminho andado.

  1. Crie projetos fictícios

Conhece algum amigo que tenha empresa com site ou aplicativo? Então você pode criar projetos – e não precisa ser nada de outro mundo, pode ser em rascunho mesmo – escrevendo microtextos para tarefas específicas e apresentá-los como experiência.

Ah, outra dica bacana é colocar os projetos que você desenvolveu durante os cursos de UX, como o daqui da Aldeia.

  1. Analise outros trabalhos

Comece a reparar nos textos e na usabilidade dos sites e aplicativos que você usa no dia a dia. A gente sempre acaba achando algo que dava pra ser melhor. Uma boa dica é ler as avaliações dos usuários nas lojas de aplicativos ou pedir para que pessoas conhecidas tentem executar alguma tarefa naquele app.

Faça uma análise das interfaces. Mostre o que achou mais legal e, principalmente, encontre erros, bugs ou linguagens inadequadas. Depois, apresente no seu portfólio soluções fundamentadas para esses conteúdos, que possam melhorar a experiência dos clientes.

Entrevista de UX Writing: Como se preparar?

Beleza, agora que você já conhece um pouco mais sobre UX Writing, chegou a hora de descobrir como mandar bem em uma entrevista de emprego para a área. Anota aí:

  1. Cadê o portfólio, queridão?

Lembre-se: numa área nova e que exige mais prática do que teoria, um bom portfólio vale mais que o currículo.

Antes de se candidatar para qualquer vaga de UX Writer, reúna os seus melhores trabalhos. 

“Ah, mas eu não tenho experiência…”

Você pode fazer um blog e publicar artigos de sua autoria, criar projetos fictícios, analisar a usabilidade e os microtextos de outros sites e aplicativos, colocar os exercícios que fez nos cursos…

Tudo que consiga mostrar a qualidade da sua escrita e o que você sabe sobre experiência do usuário – ainda que você não tenha experiência profissional – pode ajudar na hora da seleção.

  1. Estude sobre a empresa 

Cada empresa é diferente da outra. Não se comporte na entrevista de um banco da mesma maneira que se comportou na seleção de uma startup.

Estude sobre a empresa, veja o tempo de mercado, quantos funcionários ela tem. Procure as postagens dela nas redes sociais e repare no tipo de linguagem que costuma usar e até como as pessoas se vestem lá dentro.

Lembra quando dissemos que todo UX Writer precisa ser observador, pesquisar bastante e analisar comportamentos? Pois bem, ótima hora para colocar isso em prática.

  1. Faça perguntas

Não seja o candidato que entra na sala, responde tudo igual um robô e vai embora. Entrevistas de emprego devem ser vias de mão dupla.

Quando for estudar sobre a empresa, selecione alguns questionamentos que você pode fazer na hora que estiver conversando com o recrutador. Ele vai notar que você realmente procurou se informar sobre a instituição e te ver como alguém interessado.

  1. Conheça a persona e mostre soluções

Uma dica legal é estudar sobre a persona da contratante e colocar em seu portfólio uma análise das interfaces dos produtos dela. Destaque os pontos fortes e, principalmente, mostre o que poderia ser feito para melhorar a experiência dos usuários.

Nessa “miniconsultoria”, o RH vai perceber que você é uma pessoa pró-ativa, que dedicou parte do seu tempo para ajudá-la, mesmo ainda não estando contratado. Além disso, conseguirá avaliar os seus conhecimentos sobre UX Writing.

  1. Não exagere no currículo

A galera que trabalha no RH de grandes empresas faz seleções o tempo todo, e no primeiro teste prático já percebe quando alguém mentiu no currículo.

Então, nada de inventar cursos que você não fez, experiências em empresas nas quais jamais trabalhou e que fala inglês fluente sem nem saber usar o tal do “verb to be”.

Também não encha o seu currículo de coisas que não sejam relevantes para a vaga. Uma fintech não vai querer saber se você fez um curso de estética 10 anos atrás.

O ideal é fazer um currículo personalizado para cada seleção, colocando apenas o que pode interessar à empresa. Quanto menos páginas, melhor.

  1. Faça uma carta de apresentação

Uma outra ótima forma de mostrar que você escreve bem é através da carta de apresentação. Pode escrevê-la no próprio e-mail em que for mandar seu currículo.

Apresente-se, fale sobre você, revele o motivo pelo qual ficou interessado na vaga e como as suas experiências e habilidades podem ajudar a empresa. Uma dica massa – e malandrinha – é procurar palavras-chave na descrição do job e usá-las ao longo do texto.

Entrevista de UX Writing: Principais erros

Agora que você já sabe o que fazer para se preparar para a entrevista, também é importante saber o que NÃO fazer. Se liga aí:

Currículo com 1.000 páginas

Pensa aqui comigo: com o tanto de gente desempregada neste país, imagine a quantidade de currículos que as empresas recebem. 

Aí o cara do RH pega o seu e vê aquele monte de páginas. Olha, é 90% de chances que ele vai desconfiar de que você está inventando coisas ou que não sabe fazer um currículo e  nem vai ler.

Faça um currículo bem apresentável, de preferência personalizado para a vaga em questão, e coloque apenas o que você realmente acha que vai servir para aquela empresa. Fez algum curso ou trabalhou em algum local que em nada tem a ver com a vaga? Melhor nem colocar.

Mentiras no currículo

No currículo: Inglês fluente.

Na entrevista:

 – Tell me more about yourself.

 – What???

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Essa é clássica. E não adianta: se você mentir no currículo, mais cedo ou mais tarde o recrutador vai perceber. Os caras são treinados para isso.

Por falar no assunto, praticamente todas as vagas em grandes empresas aplicam testes práticos com os candidatos. Então se você bancar o malandrão e na hora não conseguir mostrar nada daquilo que dizia saber, já era.

Não ter um portfólio

Saber a teoria é muito importante, mas o que o recrutador quer mesmo ver é a sua escrita, os seus projetos de UX, o “fazendo acontecer”, na prática.

A falta de experiência também não pode ser desculpa para não ter um portfólio. Mostramos logo acima as dicas que você pode usar para montar o seu, mesmo sem nunca ter trabalhado na área.

Lembre-se que a proatividade é uma qualidade muito avaliada pelas empresas. Então cuidado para não ser visto como alguém preguiçoso. 

Chegar mais perdido que o Nemo

Sabe aquela pessoa que se candidatou para tantas vagas que às vezes chega para a entrevista já confundindo os nomes das empresas? Cuidado.

Estude sobre a empresa antes de chegar para a entrevista. Mesmo que ela seja uma startup de jovens, não significa que você pode ir de bermuda e chinelo já no processo seletivo.

Não seja aquele cara que senta na cadeira, responde as perguntas, agradece e vai embora.

Forçar a amizade

Tem gente que acha que por UX Writing ser uma profissão moderna, já pode chegar falando gírias, xingando e comendo na entrevista, como se o entrevistador fosse o amigo de infância.

Mas saiba: forçar a barra e bancar o puxa-saco com certeza vai atrapalhar mais do que ajudar. 

Entrevista de UX Writing: Como acontece e o que o recrutador espera

As fases de uma entrevista para vagas em UX Writing variam de empresa para empresa. Porém, há cinco etapas básicas que costumam existir em todas elas:

  1. Triagem de currículos

Aquele procedimento básico de todo processo seletivo. O RH vai avaliar a carta de apresentação e o currículo dos candidatos e selecionar apenas aqueles que estejam de acordo com os requisitos solicitados pela empresa.

  1. Análise do currículo e portfólio

Se o seu currículo estiver legal, eles vão analisar mais a fundo as informações que você colocou. Caso gostem do que viram, passam para a avaliação do que vai realmente determinar se você será ou não chamado para a entrevista: o portfólio.

É aí que eles vão descobrir se você realmente manja dos paranauê: como escreve, se a sua linguagem é amigável e como é o seu processo de criação.

Também gostaram? Opa, hora da primeira entrevista.

  1. Primeira entrevista

Já que a primeira impressão é a que fica, esta é a etapa que elimina muita gente. 

Aqui o recrutador deseja ver um perfil proativo do candidato. Fará perguntas e espera receber outras também, então é o momento para mostrar que você estudou sobre a empresa e que está realmente interessado em fazer parte da equipe.

  1. Teste prático

É, amigão, só a teoria não basta. Chegou a vez de mostrar se você sabe aplicar tudo aquilo que está no seu currículo. O tipo de teste também vai depender da empresa, mas os mais comuns são:

  • Escrever um texto com base em uma persona
  • Criar um projeto de uma empresa fictícia
  • Criar um breve guia de escrita
  • Analisar os produtos da empresa e propor melhorias para a experiência do usuário
  • Fazer uma dinâmica em grupo para avaliar o seu diálogo dentro de um ambiente colaborativo
  1. Entrevista final

Geralmente feita com um diretor ou uma equipe da empresa. É mais para ter a certeza de que selecionaram a pessoa certa, te colocar em contato com outros funcionários e entender os seus planos ali dentro.

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Ilustração: Stories Freepik

UX Writing: Currículo importa?

Como em qualquer outra profissão, ter um bom currículo e experiências em grandes empresas pode te ajudar bastante na hora de tentar uma vaga.

Porém, o fato de UX Writing ser uma área ainda muito nova – principalmente no Brasil – faz com que as empresas olhem com bastante carinho para quem está começando. Afinal, é quase impossível encontrar alguém bastante experiente em algo que acabou de surgir, não é mesmo?

Olhe, por exemplo, o que o Yuval Keshtcher – CEO do UX Writing Hub – disse sobre esse assunto:

“Se você colocar dez UX Writers numa sala, há boas chances de todos eles terem vindo de carreiras profissionais diferentes. Entrar em UX Writing é algo que quase qualquer um pode fazer. Ao invés de uma vasta experiência, o que as empresas procuram são pessoas com aptidão para resolver problemas de forma criativa, já que UX é exatamente isso.”

Por falar nisso, é bem comum ver UX Writers que antes trabalhavam como publicitários, jornalistas, psicólogos… Então, se você já trampou em alguma área que seja relacionada à escrita, comportamento e consumidores, pode colocar no seu currículo que vai contar pontos.

“Putz… mas nem faculdade eu tenho. Tô f*****?”

Relaxa, você continua tendo chances. Até porque nem existe diploma de graduação em UX Writing no Brasil ainda. Você pode fazer cursos específicos da área – aqui na Aldeia mesmo tem um excelente -, ler livros, praticar a sua escrita e, principalmente, montar um bom portfólio.

Aqui em cima nós demos as dicas para você montar o seu sem ter experiência. Se ainda não leu, sobe um pouquinho a página e dá um confere lá. 

Só o fato de você ter criado uma apresentação para a vaga – mesmo sem nunca ter trabalhado com aquilo – e desenvolvido seus próprios projetos, já vai mostrar ao recrutador que você é pró-ativo, que está correndo atrás.

Ah, outra coisa fundamental nessa área é networking

Conhece algum UX Writer? Troque uma ideia com ele. Crie um perfil bacana no LinkedIn, exponha seus projetos e siga outras pessoas (no final deste artigo damos dicas de perfis para seguir). Procure grupos no Facebook, WhatsApp e Telegram sobre UX. É muito importante ter esse contato com outros profissionais da área e observar as tendências.

Tendo uma rede de contatos, será mais fácil descobrir novas vagas de emprego, ficar sabendo de eventos sobre a área, trocar experiências, pedir opiniões sobre os seus conteúdos e, quem sabe, até conseguir uma indicação. 

Salários de UX Writing: quanto ganha um UX Writer em 2021?

De acordo com o site do Glassdoor, a média salarial de um UX Writer no Brasil é de R$ 4.120 por mês. Grana legal, né? 

Como é uma profissão que surgiu recentemente no país, ainda é difícil saber a média para cada tipo de cargo: estagiário, júnior, pleno e sênior.

Porém, uma pesquisa recente do portal UX Collective BR feita com 227 profissionais da área, trouxe os seguintes valores:

  • Estagiário: até R$ 2.000
  • Assistente e Analista Júnior: R$3.000 a R$4.000
  • Analista Pleno: R$ 5.000 a R$6.000
  • Analista Sênior, Consultor, Coordenador e Gerente: R$ 7.000 a R$ 8.000
  • Especialista e Líder: R$ 8.000 a R$ 9.000

Resumindo: dá pra pagar os boletos no final do mês e ainda sobra uma graninha pra curtir.

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Fonte: Ux Collective Brasil

Aqui no site da Aldeia, disponibilizamos a plataforma SPTF, onde você também consegue conferir vagas disponíveis em vários lugares do país, mostrando inclusive a remuneração. Dá uma olhada lá.

Ah, e o legal é que dá pra se inscrever nela e receber as oportunidades no seu e-mail. Mais de 10 mil pessoas já fizeram esse macetinho aí. Aproveite também!

Quem está contratando UX Writers? Principais empresas

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Ilustração: Freepik

O mais legal na área de UX Writing é que basicamente qualquer empresa que esteja interessada em ter presença digital vai precisar de um UX Writer. Afinal, de nada adianta lançar um site ou um aplicativo se os textos não estiverem de acordo com o público ou, pior, não ajudá-los a concluir as tarefas de que precisam.

Atualmente, as instituições financeiras – principalmente as fintechs – são exemplos de empresas com alta demanda de escritores focados em experiência do usuário. Um dos motivos é que, com a pandemia, muitos clientes passaram a utilizar os serviços digitais dos bancos.

É possível encontrar vagas no Nubank, Santander, Itaú, Picpay, C6 Bank e em várias outras potências do setor.

As startups, tão em alta nos últimos anos, também precisam com frequência de pessoas que saibam desenvolver interfaces voltadas para User Experience.

Inclusive, uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2020 mostrou que os profissionais de UX estão na 5ª posição dos mais requisitados pelas empresas:

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Como aprender UX Writing?

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Ilustração: Freepik

Se você ainda é novo na área de UX Writing, mas se interessou e deseja saber como pode se capacitar antes de concorrer a uma vaga de emprego, aqui vai um passo a passo para te ajudar:

  1. Faça bons cursos 

Apesar de ser uma área relativamente nova, é possível encontrar bons cursos que vão te dar a base para começar a trabalhar como UX Writer. Aqui mesmo, na Aldeia, temos o Bootcamp de UX Writing. Fica a dica! 

  1. Leia. Leia muito!

Procure livros e conteúdos sobre o tema e leia todos que conseguir. Assim, você não só estará aprendendo sobre a profissão, como também enriquecerá o seu vocabulário, o que ajuda muito na hora de escrever.

Quer uma ajuda? Aqui no Blog da Aldeia temos vários artigos sobre UX, é só clicar nos links e… boa leitura! 

  1. Seja um bom observador

Depois que já tiver estudado bastante sobre o assunto, hora de ver como funciona na prática.

Com certeza você deve ter vários aplicativos instalados no seu celular. Abra-os e tente realizar uma tarefa. Pode ser comprar algo, encontrar um produto, entrar em contato com a empresa…

Durante o trajeto, observe todos os textos da interface. Veja se a linguagem está de acordo com o público, se as palavras são simples e objetivas e se realmente te guiaram até o objetivo.

Outra dica bacana é ler os comentários dos usuários na página do aplicativo no Google Play e na App Store. Lá você conseguirá perceber os problemas que os consumidores estão encontrando ao usar o produto e poderá pensar em possíveis melhorias para a experiência deles. 

  1.  Siga pessoas que te inspiram

Gostou do trabalho de uma empresa ou pessoa? Siga o Instagram, LinkedIn, Blog ou qualquer outro espaço onde ela poste conteúdos com frequência.

Isso vai servir para encontrar inspirações, manter-se atualizado e motivado para seguir a sua carreira.

Cursos para UX Writers

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Ilustração: Stories Freepik

Nesta recente profissão que dialoga com tantas outras, fazer cursos específicos para a área será ainda mais importante que o seu diploma de graduação.

Não me xingue por repetir isso mais uma vez, mas escrever bem – apesar de muito importante – não basta.

Então veja uma lista de assuntos que você deve estudar para mandar bem como UX Writer:

  • Copywriting (neste outro artigo explicamos a diferença entre UX Writing e Copywriting)
  • Redação para diferentes formatos e tipos de mídia (notificações, sms, e-mail, landing page…)
  • Microcopy
  • SEO (Search Engine Optimization)
  • Psicologia do consumidor
  • Marketing de Conteúdo
  • Marketing Digital (conceitos de persona, funil de vendas, jornada do consumidor, call to action…)
  • UX e UI Design
  • Lógica de Programação e Algoritmos
  • Desenvolvimento Front-End (HTML, CSS e Javascript)
  • Métodos de pesquisa

Nossa, muita coisa, né? Mas agora vai a boa notícia: você está no lugar certo para aprender tudo isso. É que aqui na Aldeia temos cursos com os profissionais mais fodas do mercado. É só clicar nos links. Se liga:

Assim como as microcopies de um UX Writer, nossos cursos vão direto ao ponto, sem blá-blá-blá. Você vai aprender com as minas e os caras mais respeitados do mercado, em aulas on-line, e com aquele certificado que vai fazer o recrutador olhar e falar “Pô, aí sim!”

Ah, e não é só isso, não. Quer conteúdo de qualidade e gratuito também? Por que não, né?! A Aldeia disponibiliza os SkillBombs, cursos de graça com superprofissionais, pra te manter muito bem atualizado.

É só se inscrever na nossa newsletter e pronto! Você se tornou um queridinho da Aldeia e terá direito a receber todas as informações e datas de quando os eventos vão rolar. 

Livros para UX Writers

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Ilustração: Stories Freepik

Cursos vão te ajudar e muito na sua trajetória como UX Writer. Mas, olha, se você leu o artigo até aqui, já deve ter percebido o quanto é importante continuar atualizado e estudando diariamente sobre a área.

Para essa missão, podemos indicar bons livros. Confira:

Redação Estratégica para UX: Aumente engajamento, conversão e retenção com cada palavra – Torrey Podmajersky

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Imagem: Amazon

Bestseller da atual UX Writer do Google e uma das maiores referências no assunto, Torrey Podmajersky. 

O título original é “Strategic Writing for UX”, mas já é possível encontrar a versão traduzida para o português, da editora Novatec.

Sem dúvida uma leitura obrigatória para todo mundo que trabalha ou quer trabalhar como UX Writer.

Em busca de boas práticas de UX Writing – Bruno Rodrigues

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Imagem: Amazon

Por falar em referência, aqui está a principal obra de Bruno Rodrigues, O cara do UX Writing aqui no Brasil. Este foi inclusive o primeiro livro em língua portuguesa sobre o assunto e é tranquilo de encontrar à venda na Internet.

Bruno já prestou consultoria para a Globo, Bradesco e até para a Presidência da República. Dá pra ter noção do quão foda o cara é.

Tá começando como UX Writer? Então não tem livro melhor pra você ler do que este.

Microcopy: The Complete Guide – Kinneret Yifrah

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Imagem: Amazon

Como nem tudo são flores, de vez em quando você vai ter que se arriscar no inglês. 

Apesar de ainda não ter versão traduzida, esta obra – como o nome já diz – é o guia completo para quem quer aprender a criar textos breves, objetivos e que tragam uma excelente experiência para o usuário, ou seja, as famosas microcopies.

A autora trabalha há mais de 15 anos no mercado e é dona da Nemala, maior agência de UX Writing de Israel.

No próprio site dela você consegue comprar a versão digital do livro.

Writing For Designers – Scott Kubie

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Imagem: A Book Apart

Vixe, olha a gente colocando o cursinho de inglês à prova de novo!

Neste livro, o Content Strategist da Mailchimp, Scott Kubie, dá dicas e estratégias de Design Thinking, além de ensinar como planejar e escrever conteúdos centrados no usuário, que se comuniquem com todo o design da interface.

Também dá para comprar o eBook no site do autor. Se quiser dar uma olhada, clique aqui

Perfis de UX Writers que você deve seguir

Ilustração: Stories Freepik

Pra finalizar, lembra da dica de seguir profissionais que são referências em UX e que vão te inspirar? Então se liga nos perfis de alguns deles:

Marcela Alves: UX Writer do Ifood e professora do curso de UX Writing da Aldeia.

Bruno Rodrigues: Um dos caras mais respeitados da área. Autor do livro “Em Busca de Boas Práticas de UX Writing” (falamos dele ali em cima), tendo obras publicadas até fora do Brasil. 

Rafa Marchetti: Quando abrir o Ifood, lembre-se dela. É Designer de Conteúdo e também UX Writer da empresa. Inclusive já deu uma entrevista bem bacana aqui pro Aldeia, que você pode conferir aqui.

Suzana Ribeiro: UX Researcher na banQI e organizadora do UX Writing BR, que dá boas dicas e novidades para quem se interessa pelo assunto.

Analu Lima: Professora no curso de UX Writing da Aldeia. É Product Designer e UX Writer da Zup Innovation.

Torrey Podmajersky: Autora do bestseller “Strategic Writing for UX” e UX Writer do Google. Bem, acho que não precisa falar mais nada, né?!

Cris Luckner: Jornalista de formação e atualmente trabalha como UX Content Strategist e UX Writer no Nubank.

Roberta Cadenas:  Atual UX Writer da Creditas. Pós-graduada em UX Design e responsável por definir todo o processo de design para interfaces conversacionais. Também é professora do curso de UX Writing da Aldeia.

Mariane Lorente: Gerente de UX Writing da Loggi e idealizadora do blog UX Collective Brasil.

Curtiu o conteúdo? Agora é hora de agir!

É… o artigo ficou um pouco longo, mas fizemos com a intenção de ser algo bem completinho para te ajudar a entender melhor o mercado de UX Writing.

E por falar em completo, se você quer realmente seguir nessa promissora área, comece pelo curso de UX Writing da Aldeia. Você vai ter aulas on-line, com profissionais fodásticos, e pagando um preço bem em conta. Sério, vale muito a pena!

Vou deixar o link aqui pra você fazer a matrícula: clique aqui.

Depois que terminá-lo, é só entrar no nosso espaço SPTF e encontrar as melhores vagas de emprego disponíveis para UX Writers.

Ah, e não deixe de se inscrever na nossa newsletter. Fazendo isso, você vira um queridinho VIP da Aldeia, recebe no seu e-mail vários conteúdos GRATUITOS, fica atualizado sobre o que tá rolando no mercado e ainda pode ganhar descontos nos nossos cursos. Vai dar mole? Te vejo lá!

 

Texto escrito por: Matheus Rabello Temporim

Moda em Curitiba: o que esperar desse mercado?

Curitiba desponta no cenário da moda faz um tempo. Diz-se que é aqui onde as grandes marcas fazem os testes – se as novidades forem aprovadas pelas curitibanas e curitibanos, é certo o sucesso no cenário nacional. A informação pode ser questionada, mas não nos restam dúvidas sobre o crescimento da cidade no mundo fashion.

Com um público aberto ao novo, atento ao slow fashion e cheio de vontade de experimentação, novas marcas surgem e crescem nesse meio. Do high tech ao sustentável, tudo passa por provas e testes antes de chegar às ruas. Desenhar ideias e construir negócios dentro de um mundo novo que está aparecendo.

Afinal, moda é, sobretudo, sobre mudanças. É preciso acompanhar as macrotendências, tudo que acontece e o peso disso no que se veste. Afinal,  as pessoas não compram só uma roupa, vai bem além disso. Portanto, o que é preciso estar atento ao olhar para o cenário de moda em Curitiba?

Curitiba também desfila

Aos trancos e barrancos, marcas encontram espaço e tentam fazer história na capital paranaense. Os incentivos, ainda escassos, pipocam aqui e aquicolá, mas demoram para respingar em todo mundo. O local para compra de material hoje fica longe do centro, em lugares espalhados, e nem sempre oferece materiais para todas as demandas.

Com uma jornada de consumo muito mais focada em benefícios, conclusão do levantamento Fashion Trends, do Google, os consumidores sentem falta de um relacionamento com a marca, então optam por varejistas com preços mais acessíveis.

Mas é exatamente nesse ponto que estão tocando as novas marcas. Além do relacionamento, estão pensando em novos modelos de negócios para combater todo esse embate ético que a moda enfrenta, uma crise na produção e que o consumidor precisa refletir.

É o que nos diz Ariane Santos, criadora da Badu Desing. Para ela, “os consumidores buscam mais que um produto, estão optando por marcas que conhecem toda sua cadeia produtiva e que estão atentas ao propósito das marcas. Isso abre  espaço para as marcas de reposicionarem e se reinventarem”.

Para alcançar isso, existe um amparo entre quem está fazendo. A Projeto Zero Um, por exemplo, alimenta o compartilhamento, de costureira a tecidos, além de compras coletivas, que criam uma rede de ajuda e apoio. “Por incrível que pareça, compartilhar não é tão comum assim e isso gera muita coisa boa”, colocou Vanessa Gabardo, fundadora da Projeto Zero Um, junto com a Patrícia Hirozawa.

E mesmo com todas as planilhas e planos de negócios que surgiram na faculdade, colocar o business em prática ainda aparece como o maior desafio, não só para elas, mas para todo mundo que está inovando na área. “Falta alguém que olhe para a nossa estrutura, entenda nossas diferenças e ajude a pegar nosso formato e transformar em um negócio”, comenta Patrícia.

Nesse cenário, é preciso recorrer a ajuda e buscar alguém que entenda tanto de negócio como de moda. Quem percebeu esse problema foi a Aldeia, que agora está promovendo o programa de aceleração Moda Makers LAB. A ideia é exatamente dar uma base de negócios para quem já tem um conceito bem construído da marca, mas não consegue sair do lugar.

Quem faz moda em Curitiba

Fizemos uma seleção e vamos te mostrar 5 marcas para ficar de olho esse ano – elas são disruptivas e estão mudando, inovando e nos surpreendendo.

Rocio Canvas

Com ritmo de produção slow fashion, a grife cria pequenas coleções ao longo do ano, respeitando o tempo de criação e produção de cada uma das peças. A Rocio Canvas desfilou sua coleção de Verão 2018 na Casa de Criadores, chamando atenção da mídia nacional sobre o seu potencial criativo.

Onde encontrar: rociocanvas.com.br

Projeto Zero Um

O Projeto Zero Um é um laboratório de design que pensa em roupas além de estações ou coleções. Com a proposta de dar ao consumidor uma peça versátil, bonita e durável, as designers colocam força nos modelos e reforçam a sustentabilidade em sua produção, além de oferecem ótimas condições de trabalho para quem está fazendo a marca junto.

Onde encontrar: http://www.prjt01.com/

Reptilia

Sustentabilidade: essa é a palavra-chave para as coleções da Reptilia, marca de moda feminina nascida em Curitiba. Todo o processo de confecção das peças da grife é realizado dentro dos moldes mais ecológicos possíveis, inclusive o fornecimento da matéria-prima.

Onde encontrar:  reptilia.name

Veine

A palavra Veine vem do francês e significa “ter a veia”, ou melhor, “ter vontade, valentia”. E é exatamente esse espírito que a marca curitibana transmite através de suas peças, com cores e estampas minimalistas que acompanham o curitibano a qualquer tipo de ocasião.

Onde encontrar: veine.com.br

Apuê

A marca curitibana oferece modelos clássicos, como os sapatos oxford e as botas chelsea (ambos modelos britânicos) aparecem tanto em suas versões tradicionais quanto em releituras. A matéria-prima é essencialmente o couro, mas há também versões sem materiais de origem animal, como a sapatilha Tilo (na cor mostarda), que será lançada no próximo dia 03 de novembro.

Onde encontrar: http://www.apue.com.br/

SEO: veja as principais técnicas para aplicar no seu site

Ao pesquisar em sites de busca, você costuma ir além da primeira página de resultados? Então, por isso a importância de se manter logo no início das buscas. Isso dá credibilidade para a página, além de estar ao alcance do cliente com facilidade. E para conseguir isso, é preciso colocar o SEO em prática.

SEO significa Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca) e é uma conjunto de técnicas para otimizar sites, páginas e blogs. A partir dessas otimizações, é possível alcançar bons rankings orgânicos gerando tráfego e autoridade para um site ou blog.

Esse processo de otimização normalmente acontece por meio de pequenas modificações em partes do seu site. Mesmo que pareçam adicionais, essas melhorias combinadas trazem um grande impacto na experiência do usuário e o resultado acaba no rankeamento da pesquisa.

Como o SEO pode te ajudar?

No fim das contas, essa melhora na oferta do site só melhora a experiência do usuário, que é o que realmente importa, e alavanca sua venda com isso. Ao trabalhar com uma campanha de otimização no site, por exemplo, você pode perceber uma melhora no posicionamento para as palavras-chave proporcional aos acessos que vai receber – além de gerar maior visibilidade para a marca e um retorno em conversões no site.

Essas conversões são, na verdade, os objetivos dos sites. E-commerces tem foco em vendas, já um blog tem foco em conteúdo. Então, com objetivos variados a otimização do seu site permite que um público segmentado chegue até ele.

Como funciona o Google

Para criar uma estratégia assertiva, é fundamental conhecer quem comanda isso tudo – no caso, a Google. Se ainda não te parece tão importante assim, dá uma olhada nisso: segundo o portal Olhar Digital, do UOL, o Google é responsável por mais de 96% das pesquisas brasileiras na internet. Os buscadores Bing, Yahoo e Ask completam o ranking.

Portanto, entender como o Google funciona faz toda a diferença. A primeira coisa é saber que as buscas são divididas em resultados orgânicos e resultados pagos.

Os resultados pagos aparecem no topo da página, sinalizados pelo texto Ad ou anúncio. Para ficar ali, as empresas pagam por clique através de uma ferramenta chamada Google Adwords.

Depois deles, estão os resultados orgânicos. Esse é o lugar onde queremos estar e que são definidos pelos robôs do Google, focado na qualidade de experiência do usuário.

E como esses robôs trabalham?

Eles funcionam como rastreadores, buscando tudo sobre um assunto e organizando todos os conteúdos. É tipo uma biblioteca, onde os assuntos ganham sessões específicas e na hora de procurar, você não precisa buscar prateleira por prateleira, mas vai direto onde o livro que você precisa está.

No caso do Google, ele elenca quem tem o melhor a oferecer, auxiliando o usuário com os sites mais relevantes.

Fatores de rankeamento

Para conseguir isso, portanto, é preciso entender as dinâmicas e oferecer uma página relevante e sem erros de navegação. Separamos quatro fatores que devem ser seu guia nesse mundo em inegável crescimento e mudança que é o SEO e o marketing digital.

Conteúdo

A primeira coisa que nunca muda é conteúdo de qualidade. Isso o Google sempre valoriza na hora de ranquear. Por isso, vale a pena investir em textos completos, interessantes, originais e bem escritos para garantir uma posição bacana na busca.

Velocidade/responsividade

Se uma página demora muito para carregar, talvez o usuário não tenha uma experiência tão boa com ela, certo? Então, esse fator o Google considera crucial e dá pontos para quem consegue agilidade.

Quanto a responsividade, a gente nem precisa comentar. Se sua página não é feita para abrir em dispositivos móveis, te garanto que isso já te deixa pra baixo dos concorrentes.

Usabilidade

Quanto mais você facilitar a vida do usuário dentro do seu site, melhor será sua experiência. Usabilidade impacta em tempo de permanência, visualizações de página e taxa de rejeição.

Palavra-chave

Encontrar palavras-chaves que vão ajudar na busca favorecem seu conteúdo também. Mesmo não existindo uma quantidade de vezes ideal para que elas apareçam no seu texto, é bom que estejam logo no começo, assim o Google entende de qual assunto se trata.

Como o Google analisa a semântica também, você pode trabalhar variações da palavra-chave ao longo do texto e usá-la nos títulos e subtítulos, sempre que possível. A pesquisa de palavra-chave deve ser o primeiro passo antes de começar seu texto.

Como executar uma estratégia de SEO

Planejar uma estratégia de SEO depende das suas necessidades e precisa se encaixar na sua estratégia de marketing digital. Claro que existem alguns macetes gerais que podem te ajudar, mas cada demanda é diferente e tem dificuldades que precisam ser entendidas detalhadamente.

Por isso, o curso de SEO da Aldeia pretende te dar todas as ferramentas para entender esse cenário e construir o melhor para seu site ou blog. O professor, Ronaldo Bitencourt, atualmente é coordenador de marketing no EBANX, mas já passou por várias agências de Curitiba e Florianópolis.

O curso que já faz história na Aldeia, formou mais de 300 pessoas e garante melhorar o desempenho e o tráfego de qualquer site. Aqui você vai aprender a:

  • principais conceitos;
  • técnicas para otimizar;
  • escolher os melhores termos e palavras para representar seu negócio;
  • e o que fazer fora do seu site para garantir uma ótima posição no Google.

Técnicas de SEO com um bom método de vendas é ainda melhor! Baixe aqui o E-book Prático de Vendas Para Não Vendedores

Porque você deve explorar o potencial do Facebook Ads

Hoje o Brasil é o país onde os usuários passam mais horas conectados ao Facebook. E mesmo com as mudanças frequentes dos algoritmos, é com essa rede social que surgem possibilidades de marketing e vendas nunca antes vistos. O profissional precisa ser mais criativo, dinâmico, mas conta com a contrapartida de acessar dados do usuário e dicas para potencializar a marca.

Como usuário, você já deve ter percebido os inúmeros anúncios que aparecem. Então, eles são direcionados pelo Facebook Ads, plataforma de anúncios da própria rede social, e que te caracteriza como um perfil interessante para determinada marca. E é dela que vamos falar um pouco.

O que é Facebook Ads

Se você tem um negócio digital, já sabe como é importante criar conteúdos relevantes para o seu público, não é mesmo? Esse é exatamente um dos segredos do sucesso do Facebook Ads: você consegue divulgar não somente propagandas da sua marca, mas também conteúdos, materiais ou qualquer outro tipo de postagem que você ache interessante para atingir um público maior. Por isso, impulsionar posts no Facebook já se tornou, hoje, uma das formas mais comuns e efetivas de criar anúncios online.

O Facebook Ads é plataforma de anúncios do Facebook. Com ele, você consegue criar campanhas super segmentadas para quem acessa essa rede social e também o Instagram. É possível fazer centenas de combinações de público e interesses para atingir mais pessoas. Além disso, os formatos de anúncios também são bastante amplos.

Mas por que anunciar?

Você pode montar uma página e planejar publicações recorrentes, interessantes e bonitas. Isso já não seria suficiente para garantir visibilidade, acesso e vendas? Infelizmente não. Aliás, alcance orgânico é coisa do passado no Facebook – eles anunciaram recentemente mudanças que vão priorizar postagens de amigos e familiares a páginas. 

O Facebook IQ percebeu, inclusive, que o consumo móvel não é o mesmo que o consumo na TV, e se conectar com as pessoas no local onde elas estão é fundamental para chamar a atenção. O consumo móvel também é não-linear e acontece rapidamente: as pessoas podem se lembrar de conteúdo do Feed de Notícias móvel em um nível estatisticamente significativo após somente 0,25 segundos observando uma publicação.

Mas só fazer a campanha não é garantia de sucesso. Certos detalhes podem fazer toda a diferença, mas nem sempre são óbvios. Separamos alguns exemplos que mostram isso, olha só:

Nike

A Nike aposta em anúncios coloridos e mostra que não tem medo do contraste. Bom, ela já faz isso nos seus produtos – estender para as redes talvez tenha sido consequência. Mas um estudo realizado pela Usability Tools mostrou que o uso de chamadas para a página altamente contrastantes resultam em uma taxa de cliques 75% maior que com um anúncio de baixo contraste.

Nesse anúncio, os pontos altos são:

Combinação de cores: além das cores verde e rosa, a fonte branca e o funda formam uma harmonia perfeita. Por isso, claro, apostar no contraste também é sobre bom senso e bom uso das cores.

Link: por mais que todo o anúncio no Facebook seja clicável, algumas pessoas talvez desconheçam isso. A Nike incluiu um URL do site na cópia do anúncio – é uma potencial chamada para clicar, e as pessoas vão se lembrar do link mais tempo depois de vê-lo.

Criar anúncios de carrossel: um relatório da Kinetic Social revelou que os anúncios de carrossel têm taxas de cliques até 10 vezes maiores em comparação com postagens patrocinadas estáticas no Facebook. Ao usar anúncios de carrossel, você terá a chance de exibir até 10 produtos / ofertas em vez de um único – então há uma melhor chance de pelo menos uma imagem ressoar com o visualizador.

Google

Em suas campanhas, o Google enfatiza que é tudo sobre você. Sim, ao invés de falar sobre a marca, sobre clientes, eles consideram os benefícios que você tem ao usar a plataforma e seus desdobramentos.

A campanha não deixa dúvidas que eles te servem da melhor forma possível:

Ao olhar para o anúncio, separamos os destaques:

A palavra você: o sentimento de ser significante está entre as seis necessidades básicas do ser humano, de acordo com o coach Tony Robbins. Ao falar diretamente com o seu cliente, ele vai perceber como seus serviços estão realmente à disposição.

Enigma: o anúncio do Google começa com palavras: “O final perfeito para todos os começos”. Isso faz com que os leitores pausem para parar e pensar sobre o seu significado. As pessoas odeiam enigmas não resolvidos,o que as torna mais dispostas e pensar sobre sua mensagem.

Simplicidades: o Google fala sobre o produto sem mencionar quaisquer benefícios ou recursos. Eles simplesmente afirmam que o cliente pode obter um domínio para contar sua história. Ao deixar de lado todos os detalhes, o anúncio da Google evita os possíveis pensamentos que o cliente pode obter de outra forma. Sem mencionar quaisquer características, eles basicamente estão dizendo: “É bom e você não precisa se preocupar com as especificidades”.

Groupon

Ao ter que lidar com urgência e escassez, as pessoas costumam tomar decisões irracionais. Ao lançar uma campanha de quatro horas, o Groupon não deixa a pessoa ter escolha.

Nesse caso, os destaques são:

Senso de urgência: promova ofertas de tempo limitado, vendas instantâneas, itens de estoque limitado, etc. Se você já perdeu um voo por 5 minutos, saberá o terrível sentimento da perda. Quando confrontados com uma oferta de tempo limitado, as pessoas não pensam nas possíveis objeções que considerariam de outra forma.

Defina o período de tempo exato: se o seu anúncio no Facebook diz: “A venda termina em 24 horas”, é praticamente dizer que “você ainda tem 24 horas para obter o desconto”. Mas se seu anúncio declara que “A venda termina às 5 PM “, as pessoas saberão que o tempo está acabando.

Adicione um código de promoção: a principal diferença entre um desconto para todos e os proprietários de códigos de desconto para promoção é o senso de exclusividade. Diz aos leitores que nem todos se aplicam ao desconto, apenas o clube exclusivo que conhece o código secreto, tornando o negócio ainda mais lucrativo.

Como aprimorar meus anúncios

Como nos exemplos, cada caso é um caso, Para entender em qual sua empresa se encaixa, é bom conhecer a ferramenta a fundo e os melhores jeitos de usá-la. Afinal, se o anúncio não é bem feito, de nada vai adiantar. 

Aqui na Aldeia a gente tem o curso de Facebook Ads. A ideia é dar um panorama geral da ferramenta, entendendo os recursos e o melhor formato para o seu anúncio, além de te ajudar na hora de monitorar e otimizar a campanha.

Potencialize o seu curso de Facebook Ads com o E-book Prático de Vendas Para Não Vendedores

Além disso, é importante destacar o professor, Rodrigo Goedicke, que já cuidou de contas como da Gazeta do Povo, Grupo Educacional Opet, Móveis Campo Largo, O Boticário, Shopping Mueller e Subway Brasil. Portanto, se você tem conhecimentos básicos de redes sociais e uma página (não necessariamente ativa) no Facebook, é só chegar.

Desenvolva o Love Selling, a arte de vender sem ser chato

Trabalhar com vendas nem sempre é fácil, mas faz parte da rotina de quase todo mundo – sim, vai desde empreendedores e executivos até escritores, biólogos e atletas. Talvez você não se veja cumprindo essa função, mas olha, tem muita gente legal criando projetos incríveis, que muitas vezes não vão pra frente porque não foram bem vendidos.

Isso pode ter vindo do nosso histórico de ter que lidar com vendedores chatos, insistentes, que ficavam andando atrás dentro da loja comentando quão linda ficaria aquela peça em você ou como você vai usar aquele descascador de semente de abóbora. Sabe como?

O bom é poder olhar para essas experiências e saber o que você não deseja para o seu cliente. Afinal, a imagem do produto está atrelada a quem vende e esse processo pode te colocar acima das expectativas ou muito abaixo. Então, é bom ter cartas na manga e entender algumas partes dessa lógica.

Relação com o cliente

Essa é a oportunidade de ajudá-lo a resolver um problema ou realizar um desejo. O seu papel, como vendedor, é descobrir em detalhes o que as pessoas que vão comprar seu produto querem, e mais, entender tudo que passa na cabeça delas do momento que descobrem que tem um problema/desejo até a compra, efetivamente.

O mais legal aqui é que, ao longo dos anos, você cria conexões como resultado de ajudar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida a partir dos produtos ou serviços que você as vendeu. E isso nunca vai ser sobre dinheiro.

Saiba ouvir

Vendedores são conhecidos pelas características de falar bem, ser persuasivo e saber se apresentar. E, claro, esses atributos são todos necessários no processo de venda. Entretanto, saber ouvir é uma qualidade que também deve ser levada em conta. Essa questão está ligada diretamente à qualidade da comunicação – se só uma pessoa fala, algo está errado e provavelmente a venda não vai sair do lugar.

Além disso, quando o vendedor está realmente atento às necessidades do comprador, ele consegue oferecer o produto ideal para o consumidor. Esse processo aumenta a confiabilidade da venda e com a concretização do negócio garante uma maior satisfação do cliente, já que ele comprará o que realmente precisa e não o que lhe empurrarem.

Quanto mais o cliente fala, mais sucesso pode ter o vendedor. Conhecer o cliente e fazer as perguntas certas é essencial para o sucesso do negócio. Dependendo da situação, o próprio cliente irá fechar a sua venda através de sua própria percepção e análise. Ouvir é essencial, pense nisso.

Você não vende só em uma etapa

O processo de vendas não se resume a uma etapa e a gente sabe disso. Por isso, para criar um processo de vendas colaborativo, dentro da empresa, e mais criativo, existe um ciclo de vendas mais longo do que a gente vê normalmente.

É que você preciso dar tempo para realmente conhecer o cliente e entender a sua situação, seus anseios e problemas. Isso pode exigir um contato mais próximo e longo, mas também é um processo que vai testar a sua maturidade e ansiedade. Ao não querer vender a qualquer custo, você mostra que não está com pressa para empurrar uma solução e fará com que as pessoas tenham mais confiança no que você está oferecendo.

Também é interessante que você se dedique a fazer mais perguntas e processe rapidamente as respostas, para desenvolver recomendações personalizadas. O ciclo de vendas maior geralmente exige um nível de confiança mais elevado entre a sua empresa e o cliente. Essa abordagem leva a grandes negócios com margens mais elevadas, com maior potencial para o desenvolvimento de relacionamentos de longo prazo, que possibilitam o aumento da receita ano a ano.

Esteja pronto para aprender

O processo de vendas está em constante mudança, adaptação e melhora – ao menos, deveria estar. Então,  para ser um vendedor exemplar, primeiro é bom estar disposto a aprender. Não só sobre o produto que você vende, mas também a ter um olhar mais amplo de mundo. Olha essa dica:

Se você quer começar 2018 dando um start nisso, se ligue no curso de Love Selling que a Aldeia está promovendo. A ideia do Ricardo Dória é mostrar que a venda deve ser uma consequência de tudo que você fez antes.

Para chegar nisso, ele vai ensinar como usar o método Love Selling para entender o cliente rapidamente. Você também vai desenvolver técnicas de negociação e vendas, pra ter aquele jogo de cintura e não ter nenhum problema em falar sobre preço.

Quer saber um pouco mais sobre esse método? Baixe o E-book Prático de Vendas Para Não Vendedores

Como o neuromarketing está desvendando o cérebro dos consumidores para gerar mais vendas

Algumas decisões determinam o rumo da nossa vida. Pode ser vestibular, casamento, intercâmbio, fechar um negócio. Com alguns caminhos pela frente, recorremos à lógica, às emoções, aos amigos, aos pais, a qualquer um com um pitaco a oferecer. E, enfim, escolhemos. Escolhas também acontecem em situações diárias, como no restaurante, mercado ou cinema. Nem sempre é algo gigante, mas alguma decisão precisa ser tomada. A questão é: você já parou para pensar por que escolhemos uma coisa e não outra? Um estudo realizado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) mostrou que o ato de escolher pode ser dividido em três partes.

  • na primeira seu cérebro decide o que você vai fazer;
  • depois essa decisão aparece na sua consciência, o que transmite a sensação de que você está tomando a decisão de forma racional
  • e daí você age de acordo com a decisão tomada – por seu cérebro e não por você de forma consciente, sacou?

Ainda falando em dados, cerca de 80% das decisões de compra são feitas de forma inconsciente. Com isso, é possível atrelar o conhecimento de como o cérebro funciona às estratégias de marketing, através do neuromarketing, para acionar as partes do cérebro relacionadas às emoções. A partir daí, você traça caminhos para o seu cliente com base no que você já sabe dele.

Conceito de neuromarketing

O neuromarketing é uma maneira de estudar o comportamento humano através do entendimento do processamento de informações pelo cérebro. Ele inclui a neurociência, usando a ressonância magnética para descobrir quais estímulos afetam qual parte do cérebro e como essa resposta pode ser relacionada ao comportamento desejado. O marketing entra para usar esse estímulo específico com o intuito de provocar o mesmo comportamento no consumidor.

E mesmo sendo uma ciência muito nova, já vem sendo amplamente estudada por acadêmicos e empresas mundo afora para entender como o ser humano pensa, decide e sente. Sabemos que, ao tomar uma decisão, podemos ativar três mecanismos do nosso cérebro: a razão, a emoção ou o instinto. O neuromarketing busca entender como cada um desses mecanismos é utilizado durante o processo de decisão de compra.

“Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim”. Isso te lembrou algo? O Big Mac é hoje o sanduíche mais vendido no mundo e essa música permeia o imaginário de toda uma geração de brasileiros. Isso mostra como as marcas usam conhecimentos sobre o cérebro para provocar, através de símbolos, cores e até mensagens, o efeito desejado.

E como aplicar?

As técnicas de neuromarketing são bem vastas. Talvez a primeira imagem que veio a sua cabeça tenha sido de um cliente correndo na esteira com eletrodos pelo corpo, mas existem formas mais sutis e eficientes de se fazer isso, ok? Vamos ver como.

Sentidos

Memórias podem ser acessadas com fotos, cheiros, sabores. Às vezes, é possível fazer isso através da sua marca. Dá para pensar em um cheiro característico para a sua loja, uma música ou uma embalagem especial que o consumidor logo reconheça e associe.

Com produtos virtuais, é possível explorar layouts, cores e sons. Considere tudo isso na hora de montar e pense o que isso pode significar para o visitante.

E se tem alguém que mexe com os sentidos como ninguém, essa é a Coca-Cola.

Se você viu esse vídeo e não ficou com sede, parabéns. Mas acho difícil isso acontecer.

Como grande aposta, marcas também investem no marketing olfativo. Aromas podem enfatizar atributos que melhor descrevem sua loja e produtos (por exemplo, fresco, caseiro, energético, jovem, elegante), criando o ambiente ideal para colocar seus clientes no bom humor necessário para fazer compras.

Várias marcas já perceberam isso e, para além da loja, pensaram em cheiros para levar pra casa. A marca de roupas Mixed, por exemplo, desenvolveu uma fragrância para suas lojas há 12 anos com o objetivo de aumentar a intenção dos clientes de visitar as unidades da marca.

Em seguida, as lojas e as sacolas da marca passaram a ser borrifadas com o perfume. Para atender os pedidos das clientes, que queriam levar o cheiro para casa, pequenas embalagens com a fragrância começaram a ser distribuídas como brinde. A procura foi tanta que eles acabaram decidindo incluir o perfume no portfólio da marca.


A importância do olhar

Uma grande parte do orçamento de Marketing é gasto apenas em recursos visuais. Provavelmente vai ser a partir da visão o primeiro contato do cliente com a marca. Então as cores também são importantes para deixar claro o que você quer transmitir: cores claras e pastéis para negócios que transmitem tranquilidade; assim como o contrário, vermelho forte e preto, para rapidez e excitação. Mas preto com outros tons transmite sobriedade.

Outra questão é: olhamos para onde os outros também olham. Essa é uma forma de nos mantermos alertas e ligados ao que está acontecendo por perto. Então, quando a propaganda coloca uma pessoa olhando para frente e a logo do lado, provavelmente o expectador vai olhar para a pessoa e vai ignorar a marca. Um bom jeito de fazer isso foi apresentado aqui:

Ao final do vídeo, a logo do banco aparece onde a criança está olhando. Não tem como não saber de qual banco se trata.

Quando se trabalha com a imagem de crianças, é ainda mais difícil atrair a atenção para a marca, por isso direcionar o olhar do bebê para o anúncio é importante. Isso está sendo usado pela Johnson’s:

Storytelling

A importância de contar boas histórias também aparece aqui. Com histórias envolventes, é possível despertar paixões, emoções e ser lembrado. Um exemplo muito bom é o da Dove, que conta a história de mulheres a partir da Real Beleza:

A campanha levou prêmio em Cannes e se tornou o vídeo publicitário mais visto do YouTube.

Outro jeito de contar histórias pode ser a partir das embalagens. O Suco do Bem, por exemplo, resolveu adquirir um tom informal para trocar uma ideia com o consumidor. Cada um dos sucos também conta com uma pequeno resumo da história e origem do sabor do suco.

Senso de urgência

Ao despertar o senso de urgência no consumidor, você tem mais chances de conseguir uma venda. Poucas pessoas resistem ao “últimas peças” ou “últimos dias da promoção”. Só é importante falar sobre o que você realmente pode vender, tá?

Ao mostrar o número de produtos no estoque, por exemplo, você diz que está acabando e que é bom a pessoa se agilizar. Talvez ela não precise tanto daquilo, mas a necessidade criada pelo anúncio faz ela comprar.

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E quando se trata de um gasto incomum, que demanda mais organização como uma viagem, é bem provável que você olhe e deixe para decidir depois. No caso dos hotéis, isso é um problema, já que talvez você encontre melhores ofertas depois e nem lembre do hotel que tinha visto antes.

Por isso eles trabalham com o senso de urgência. O Booking é um exemplo claro disso, olha só:

É fácil se sentir pressionado por uma imagem assim, né? Pois é, mas não para por aí. Em algumas buscas, eles ainda mostram opções de hotéis que não tem mais vaga para o período buscado. Mas por que ele mostrou, se não tem mais vaga? Bom, ele não quer te deixar com medo de perder uma viagem por não ter onde ficar, daí dá nisso:

Colocando na prática

Agora que você já sabe o que é neuromarketing, viu exemplos reais (e de como ele funciona), é hora de pensar em se aperfeiçoar. E entender o funcionamento do cérebro do cliente agora está mais fácil, porque a Aldeia está oferecendo o curso de neuromarketing para te entregar todos os detalhes e alavancar seu negócio. O professor Bruno Riter vai te ajudar nessa missão.

No talk de lançamento, você vai poder tirar todas as suas dúvidas e entender um pouquinho mais desse processo tão complexo. Por isso, é indicado que você seja curioso e não se dê por vencido com respostas simples. Se tiver conhecimento básico de marketing, o aproveitamento vai ser melhor ainda!

De qualquer forma, aproveita esse evento gratuito com o Bruno, que trabalha atualmente analisando dados de consumo na Snapcart, startup multinacional de inteligência que atende clientes como Nestle, P&G, Unilever, Jonhson & Jonhson e L’oreal.